sábado, 30 de janeiro de 2010

Você que me faz perder tempo
Pensando em qualquer verso violento
Que deixe bem claro
e que não deixe dúvida
Que não lhe ver é certa morte súbita
É morte certa dos sorrisos
E completo desespero dos sentidos...
Você que é saudade quando ausente
Desejo quando presente
Inverno, primavera ou verão
És prazer em qualquer estação
Frio ou calor, poesias de amor
Você bom-humor,
Alucinante, estimulante, esse amante
Que já quis de tudo nessa vida
Agora só precisa desse teu abraço de menina
Para esquecer de tudo
Para mudar o mundo...
E que seja sempre e sempre assim
Eu e você, predicado e sujeito
Sem você, sujo, sem jeito
Eu e você, presente perfeito
A conjugar o nosso amor-enredo
No tempo sempre s(en)fim

Victor Andrade e Erick Daniel

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Acho que sou louco. É, louco. Hoje me acometi de uma loucura e resolvi escrever sobre amizade. Amizade?! Mas como escrever algo sobre algo inexplicável? Como eu posso me embasar pra falar de uma coisa que transcende a lógica. Pois, é. Mas eu sou louco. E é disso que vou falar.

"Amigo", que ser é esse? Como você pode confiar tanto em uma pessoa que nem sequer é do seu sangue? Como se pode depender tanto de uma pessoa que não lhe dá nada, a não ser sua companhia? Mas esse é o x da questão. Essa companhia!
Cada momento vivido gera uma recordação, da qual você se lembrará quando ele não estiver perto. Aquela simples presença lhe faz sair do mais torrencial pranto, para cair num mar de gargalhadas. É incrível como aquele problema insuperável, se faz tão miúdo quando o amigo está ao lado.
É, caro amigo, isso é a tão famosa amizade. Amizade é como o casamento. Na alegria, na tristeza, na doença, até que a morte os separem. "Pô, ela era minha amiga, mas acreditou nele. =/" Não! Ela não lhe considerava amiga, não! Amigos confiam um num outro, confiam a verdade. E há verdades que só amigos podem saber (^^). Você nunca deixará de acreditar no seu amigo, pra ouvir quem quer que seja. É nisso que se baseia a amizade: confiança e entrega.

Se você leu tudo isso, e pensou "ele tá exagerando, eu não sou assim com meus amigos." Sinto lhe informar, você não tem amigos ;/. É, você não os tem. Se acostume com a idéia. Você tem os tão famosos "colegas". Anda com eles por afinidade, conversam, é bom. Sim, é bom! Mas não tem aquele gosto, de saber que vai ser sempre ele a lhe ouvir. Sejam os lamúrios, sejam as bobagens, sejam as piadas. Amigo é amigo! É redundante, mas é isso, e nada é sequer comparável.

Quem os tem, se identificará com tudo isso que eu to falando. Vai ler e vai pensar "esse cara, tá certo. eu tenho essas pessoas comigo *-*". Pois é. Eu os tenho, e me orgulho de tê-los. Meus caros amigos. Caros sim, em ambos os sentidos da palavra. É, eu disse, amizade é complicado. Mas não há nada igual a um amigo.

"Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores... mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!!!"

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Eu li algo há algum tempo que, por incrível que pareça, me fez lacrimejar. Sim, chorar! O poeta fala do amor, no mais puro sentido da palavra. Amar por amar. Amar incondicionalmente, sem esperar ser correspondido, apenas amar. Amar por vê-la por perto, ou até por não vê-la, por apenas ser. Amar pelo fato de sua ausência ser a maior presença em sua vida. Amar por se sentir completo a amando, mesmo que ela ame um outro amor. Amar sem medidas, sem pudores. Viver a penar, mas penar amando aquele ser tão sublime que lhe faz perder o riso, o verso e a prosa. Sofrer! Sofrer de amor. Algo um tanto quanto paradoxal, mas não importa, você a ama. E basta!

Sem mais delongas, eis o texto cujo qual falei logo acima. Leiam. Chorem se sentir vontade. Riam se lhes for conveniente. Mas não esqueçam de amar. Basta!

"Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada."

Vinicius de Moraes

"Isso dependeria da sua não existência"

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

É engraçado...

É engraçado! Sim, é engraçado. Não temos nem 20 anos ainda e já "sofremos" tanto. Como assim "sofrer"? Às vezes, muitas vezes, exageramos coisas ao ponto de pensarmos que nada tem mais jeito. Temos "tudo", uma boa família, uma boa condição, bons amigos, boa saúde, o necessário completo. Qual o motivo de "sofrermos" tanto, afinal?

Ah...a vida. Essa sacana, sempre nos pregando peças. Nunca se sabe qual será o dia de amanhã, nem mesmo se haverá um amanhã. Você está bem, muito bem. Amanhã poderá ouvir algumas poucas palavras de uma, apenas uma, pessoa que lhe desestabilizará completamente. Essas palavras lhe roubarão o chão, lhe deixaram atônito, sem saber como agir. Elas lhe farão julgar se você está fazendo a coisa certa, no momento certo.

Essas poucas palavras lhe fazem tomar atitudes, que você não saberá se são certas nem daqui há 1, 2, ou 10 anos. Elas mexem com o seu "eu", com o seu "nós". Essas malditas palavras lhe fazem questionar se o "amor da sua vida" é presente ou futuro. O fato de não ter nem a segunda década de vida completa, lhe induz ao segundo tempo gramatical. Mas o amor incondicional, aquele que lhe diz que ela é "aquela sem a qual a vida é nada/ sem a qual se quer morrer", lhe diz "PRESENTE!" , em ambos os sentidos da palavra.

Dia-a-dia você se pega pensando no seu "amor da minha vida", no quanto ele lhe faz bem, no quão bom é estarem juntos, e em como aquele olhar faceiro lhe deixa na inércia da inacção. Mas não se pode esquecer aquelas "malditas" palavras. Que dizem que você deve viajar, expandir a mente, se divertir, sem algo que lhe prenda. Elas acompanham sempre aquele velho discusso: "você é muito novo...".

Sempre haverá algo que lhe prenderá a alguém, algo que não lhe deixará "curtir" a sua vida sem pensar naquele outro ser, algo inexplicavelmente intrigante que lhe fará perder a compostura apenas em pensar que ele existe. Mas enquanto houver o pensamento que você é novo demais, haverá o dilema.

"Sem teu café requentado soldado de chumbo não fica de pé."

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